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Robert Parker criou o vinho perfeito? Conheça sua história

Robert Parker

Entenda a influência de Robert Parker no mundo do vinho, o conceito de Parkerização e conheça os vinhos mais pontuados no seu sistema!

Poucos nomes no universo do vinho despertam tanta autoridade e controvérsia quanto o de Robert Parker. O advogado norte-americano que trocou os tribunais pelas taças se tornou, a partir da década de 1980, uma das figuras mais influentes da crítica especializada, capaz de consagrar ou derrubar vinícolas com apenas uma nota. Mas como ele alcançou esse poder? E o que, de fato, representa uma pontuação alta no famoso sistema de 100 pontos criado por ele?

A origem do império: de hobby à revolução

Robert Parker em sua juventude (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Robert M. Parker Jr. não era francês, não era enólogo e nem vinha de uma família de tradição vitivinícola. Não, Parker nasceu nos Estados Unidos e começou sua jornada no mundo do vinho por puro interesse pessoal.

Nos anos 1970, época em que era advogado, percebeu a falta de uma crítica de vinho realmente independente e confiável nos EUA. Decidido a mudar esse cenário, fundou, em 1978, a The Wine Advocate, publicação que ele mesmo escrevia e distribuía pelo correio.

A proposta era um tanto ousada: avaliar vinhos de forma imparcial e com uma linguagem acessível ao consumidor, tudo isso enquanto o mercado norte-americano ganhava fôlego e os vinhos franceses se tornavam objeto de desejo.

Falando na França, a fama internacional de Parker veio justamente quando ele escreveu uma série de artigos exaltando a safra 1982 de Bordeaux, contrariando os outros críticos, que desdenhavam dela. Como você pode imaginar, os vinhos daquele ano acabaram se provando espetaculares.

O sistema de pontuação que virou padrão global

crítico de vinhos
Representação de uma degustação técnica de vinhos (Foto: Reprodução/Adobe Stock)

Em suas críticas, Robert Parker introduziu um sistema de notas que ia de 50 a 100 pontos, inspirado no método de avaliação escolar dos EUA. Graças a ele, o consumidor passou a contar com uma referência numérica direta, que facilitava a escolha na hora da compra. O sistema funciona assim:

96 a 100 pontos: vinho extraordinário

90 a 95: excelente

80 a 89: bom a muito bom

70 a 79: mediano

60 a 69: abaixo da média

50 a 59: intragável/terrível

Simples, direto e objetivo, o modelo foi adotado e adaptado por diversos outros veículos. E assim, um Bordeaux com 95 pontos podia ter sua produção esgotada em questão de dias. Imagine um vinho 100 pontos, então? Entrava para a história.

O impacto das notas e a “parkerização” do gosto

Vinhedo em Saint-Emilion, Bordeaux
Vinhedo em Saint-Emilion, Bordeaux (Foto: Reprodução/Adobe Stock)

A crescente influência de Parker gerou um fenômeno chamado parkerização. Muitos produtores passaram a moldar seus vinhos ao gosto do crítico, que tinha predileção por rótulos mais encorpados, potentes, com aromas intensos de frutas maduras, álcool elevado e passagem por barricas de carvalho. Isso impulsionou o sucesso de vinhos da Califórnia, Argentina e regiões emergentes, que conseguiam entregar essas características com mais facilidade.

Por outro lado, críticos e enófilos mais tradicionais passaram a ver esse padrão como uma ameaça à diversidade estilística do vinho. Afinal, a busca por altas pontuações teria levado muitos produtores a padronizar seus rótulos em busca da aprovação do paladar de um homem. Mas ninguém nunca negou: esse homem tinha muito poder.

Aposentadoria e legado

Robert Parker em uma degustação (Foto: Reprodução/Divulgação)

Robert Parker se aposentou oficialmente em 2019, aos 71 anos, vendendo o controle editorial do The Wine Advocate ao grupo Michelin, famoso no meio gastronômico. Ainda assim, a publicação segue como uma das mais respeitadas do mundo, com críticos altamente capacitados dando continuidade ao trabalho.

E então… existe um vinho 100 pontos?

Para o nosso Advogado dos Vinhos, sim. Ele concedeu algumas vezes a pontuação máxima, e cada uma delas virou marco. Mas talvez a verdadeira lição esteja menos na nota e mais na provocação: o que é, para você, um vinho perfeito?

Vinhos reconhecidos por Robert Parker

Na Grande Adega, temos orgulho de oferecer rótulos que alcançaram pontuações excepcionais no The Wine Advocate. Conheça alguns deles:

Tabali Talinay Caliza Chardonnay 2022: 95 pontos

Um dos grandes vinhos brancos do Chile, com impressionante complexidade aromática e notas minerais. Em boca, mostra frescor, salinidade e muita elegância.

Tabali Talinay Pai Pinot Noir 2020: 95+ pontos

Sutil, elegante e extremamente equilibrado, esse Pinot Noir do Vale do Limarí entrega mineralidade e complexidade, refletindo o terroir marítimo do vinhedo Talinay.

Triunvirato nº 7: 95 pontos

Um blend português de Syrah e Touriga Nacional que combina estrutura, intensidade e sofisticação. Um vinho de guarda, com grande profundidade.

Château Doisy-Daëne Sauternes 2022 (375 ml): 94 pontos

Um clássico entre os vinhos de sobremesa franceses, com aromas de frutas brancas, mel e mineralidade, tudo em harmonia com o dulçor.

L’Extravagant de Doisy-Daëne 2010 (375 ml): 95-97 pontos

Um dos Sauternes mais sofisticados já produzidos, com doçura, acidez vibrante e complexidade aromática impressionante. Um vinho para momentos realmente especiais.