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Vinhos Doces

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Vinhos Doces: conheça estilos, tipos e como escolher

Os Vinhos Doces, em regra, são aqueles que mantêm uma quantidade significativa de açúcar natural da uva após a fermentação. Essa característica confere ao vinho um sabor adocicado perceptível, que pode variar de delicado e frutado a intenso e licoroso, como um Vinho do Porto.
Existem vinhos doces brancos, tintos, espumantes e fortificados, produzidos em diversas regiões do mundo, cada um com suas particularidades. Vamos conhecê-los melhor?

Afinal, o que são vinhos doces?

Um vinho pode ser classificado como doce quando apresenta mais de 45 g/l de açúcar residual, ou seja, açúcar natural que não foi totalmente convertido em álcool durante a fermentação. Esse teor é resultado de processos específicos, como interrupção da fermentação, colheita tardia ou uso de uvas desidratadas.
É importante destacar, porém, que a classificação pode variar de acordo com a legislação e método de produção.

Estilos e classificações dos vinhos doces

Abaixo, você confere os principais estilos de vinhos e suas características, incluindo regiões produtoras e perfis sensoriais:

1. Colheita tardia (Late Harvest)

Produzidos a partir de uvas colhidas além do ponto ideal de maturação, esses vinhos têm maior concentração de açúcares naturais. São vinhos doces elegantes, com doçura equilibrada por uma boa acidez.

  • Regiões clássicas: Alsácia (França), Alemanha, Chile, Argentina, Serra Gaúcha (Brasil)
  • Uvas comuns: Riesling, Gewürztraminer, Sémillon, Sauvignon Blanc
  • Perfil: frutas maduras, mel, damasco seco, notas florais

2. Vinhos afetados por Botrytis Cinerea (Podridão Nobre)

A Botrytis é um fungo benigno que ataca a casca das uvas, provocando desidratação e concentração de açúcares e aromas. Os vinhos produzidos com essas uvas estão entre os mais complexos do mundo, a exemplo do Château Cantegril Sauternes.

  • Regiões icônicas: Sauternes e Barsac (França), Tokaj (Hungria), Burgenland (Áustria)
  • Exemplos famosos: Sauternes AOC, Tokaji Aszú
  • Perfil: mel, açafrão, marmelada, frutas cristalizadas, especiarias

3. Vinhos de passificação (Uvas desidratadas)

A técnica consiste em secar as uvas ao sol ou em ambientes ventilados antes da fermentação, o que concentra os açúcares naturais.

  • Regiões tradicionais: Itália (Veneto, Toscana), Grécia, Espanha
  • Estilos notáveis: Recioto della Valpolicella, Vin Santo, Pedro Ximénez (PX)
  • Perfil: figo seco, caramelo, noz, frutas passas, intensidade alcoólica elevada (em alguns casos)

4. Vinhos fortificados doces

Nesse estilo, a fermentação é interrompida pela adição de aguardente vínica, preservando parte do açúcar da uva. Isso resulta em vinhos potentes, adocicados e com teor alcoólico mais alto (geralmente entre 17% e 20%).

  • Exemplos clássicos:
    a) Vinho do Porto (Portugal): Principalmente nas versões Ruby, Tawny, LBV e Vintage
    b) Madeira (Portugal): uvas como Boal e Malmsey (Malvasia)
    c) Marsala doce (Itália): produzido na Sicília
    d) Moscatel de Setúbal (Portugal): muito aromático e rico em boca
  • Perfil: frutas secas, nozes, especiarias, caramelo, chocolate, balsâmico

5. Espumantes doces

São vinhos espumantes que mantêm alta concentração de açúcares, normalmente com baixa graduação alcoólica. São leves, frescos e ideais para ocasiões descontraídas.

  • Exemplos populares:
    a) Moscato d’Asti (Itália): levemente efervescente, floral e frutado
    b) Espumante Asti (Itália): mais efervescente e doce
    c) Espumantes Moscatéis (Brasil): grande destaque na Serra Gaúcha
  • Perfil: pêssego, flor de laranjeira, uva fresca, mel, toque cítrico

Como harmonizar vinhos doces?

Vinhos doces podem brilhar ainda mais quando servidos com um prato correto. As possibilidades de harmonização incluem:

  • Sobremesas com frutas, mel e cremes: vinhos doces leves, como Moscatel e Sauternes.
  • Queijos azuis (como Gorgonzola ou Roquefort): fortificados como o Porto ou Vinhos de Colheita Tardia.
  • Pratos agridoces ou picantes (como comida tailandesa ou indiana): Rieslings doces ou Gewürztraminers.
  • Foie gras e patês: Sauternes ou Tokaji oferecem contraste e equilíbrio.
    A regra prática é: o vinho deve ser mais doce que o prato, para evitar que ele pareça amargo ou ácido em contraste.

Perguntas frequentes sobre vinhos doces

Todo vinho doce é para sobremesa?

Não. Embora sejam excelentes opções para o final da refeição, vinhos doces também harmonizam com entradas, pratos salgados e queijos.

Qual a diferença entre vinho doce e suave?

Existem controvérsias sobre essa diferenciação, tanto que alguns autores e legislações defendem ser uma coisa só. No caso do Brasil, a regulamentação permite uma diferenciação, conforme prescrito na Lei nº 7.678/1988. Em regra, os vinhos doces são mais doces que os suaves.

Existe vinho tinto doce?

Sim. Existem tintos doces, como alguns estilos de Porto, Recioto della Valpolicella e até rótulos de Lambrusco, que oferecem dulçor e estrutura.

Vinhos doces envelhecem bem?

Alguns sim. Vinhos doces com boa acidez e teor alcoólico equilibrado, como Sauternes, Tokaji e certos vinhos do Porto, podem envelhecer por décadas, ganhando complexidade.

Como conservar um vinho doce depois de aberto?

O ideal é manter a garrafa bem vedada, na geladeira, e consumir em até 5 a 7 dias. Vinhos fortificados tendem a durar mais, por conta do álcool elevado.