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Os Vinhos Doces, em regra, são aqueles que mantêm uma quantidade significativa de açúcar natural da uva após a fermentação. Essa característica confere ao vinho um sabor adocicado perceptível, que pode variar de delicado e frutado a intenso e licoroso, como um Vinho do Porto.
Existem vinhos doces brancos, tintos, espumantes e fortificados, produzidos em diversas regiões do mundo, cada um com suas particularidades. Vamos conhecê-los melhor?
Um vinho pode ser classificado como doce quando apresenta mais de 45 g/l de açúcar residual, ou seja, açúcar natural que não foi totalmente convertido em álcool durante a fermentação. Esse teor é resultado de processos específicos, como interrupção da fermentação, colheita tardia ou uso de uvas desidratadas.
É importante destacar, porém, que a classificação pode variar de acordo com a legislação e método de produção.
Abaixo, você confere os principais estilos de vinhos e suas características, incluindo regiões produtoras e perfis sensoriais:
Produzidos a partir de uvas colhidas além do ponto ideal de maturação, esses vinhos têm maior concentração de açúcares naturais. São vinhos doces elegantes, com doçura equilibrada por uma boa acidez.
A Botrytis é um fungo benigno que ataca a casca das uvas, provocando desidratação e concentração de açúcares e aromas. Os vinhos produzidos com essas uvas estão entre os mais complexos do mundo, a exemplo do Château Cantegril Sauternes.
A técnica consiste em secar as uvas ao sol ou em ambientes ventilados antes da fermentação, o que concentra os açúcares naturais.
Nesse estilo, a fermentação é interrompida pela adição de aguardente vínica, preservando parte do açúcar da uva. Isso resulta em vinhos potentes, adocicados e com teor alcoólico mais alto (geralmente entre 17% e 20%).
São vinhos espumantes que mantêm alta concentração de açúcares, normalmente com baixa graduação alcoólica. São leves, frescos e ideais para ocasiões descontraídas.
Vinhos doces podem brilhar ainda mais quando servidos com um prato correto. As possibilidades de harmonização incluem:
Não. Embora sejam excelentes opções para o final da refeição, vinhos doces também harmonizam com entradas, pratos salgados e queijos.
Existem controvérsias sobre essa diferenciação, tanto que alguns autores e legislações defendem ser uma coisa só. No caso do Brasil, a regulamentação permite uma diferenciação, conforme prescrito na Lei nº 7.678/1988. Em regra, os vinhos doces são mais doces que os suaves.
Sim. Existem tintos doces, como alguns estilos de Porto, Recioto della Valpolicella e até rótulos de Lambrusco, que oferecem dulçor e estrutura.
Alguns sim. Vinhos doces com boa acidez e teor alcoólico equilibrado, como Sauternes, Tokaji e certos vinhos do Porto, podem envelhecer por décadas, ganhando complexidade.
O ideal é manter a garrafa bem vedada, na geladeira, e consumir em até 5 a 7 dias. Vinhos fortificados tendem a durar mais, por conta do álcool elevado.